Em 2016 uma área bucólica do Rio de Janeiro foi revitalizada e ocupada com manifestações artísticas e culturais.
Uma das principais atrações foram os murais feitos por grafiteiros que aumentaram o fluxo de visitantes levando milhares de turistas ao local para fazerem selfs nos cenários multicoloridos pintados por esses artistas urbanos. Um dos murais mais significativos foi o do artista Kobra, que retratou as etnias em um momento que o planeta assistia o drama dos refugiados. Kobra, em sua arte, dava o recado de que somos todos nós, um só povo.
Tão grande foi a repercussão que reavaliaram a importância que a arte do grafite ocupa nas cidades. Essa semana uma nova parceria entre o consulado americano, a NAU e entidades privadas darão inicio a segunda parte do projeto e pretendem transformar a região portuária do Rio de Janeiro em uma grande galeria a céu aberto.
Em Miami, na década de oitenta, um lixão foi ocupado por esses artistas e mais tarde se tornou em um dos maiores pontos turísticos da cidade ganhando, além das obras nos muros e prédios, um parque e um jardim. Espaço este, que ainda hoje é passagem obrigatória pra quem visita a cidade.
A reavaliação de conceitos artísticos urbanos ocupando regiões abandonadas é um fenômeno que se espalhou pelo planeta alavancando a economia e o turismo. São Paulo, Berlin, Belo Horizonte, New York, Londres, Curitiba e cidades menores são exemplos bem sucedidos.
O novo museu de arte urbana da Zona Portuária do Rio de Janeiro já mapeou 45 obras à céu aberto e mais espaços já estão sendo mapeados para receberem novos murais que irão ampliar esse corredor e aumentar, significativamente, o fluxo turístico e a economia criativa produzida pelos os artistas de rua. Esse conceito move jovens a se reconhecerem e despertarem suas aptidões artísticas.
Por Gebran Smera
Colaborador da Revista Cultura & Arte, diretor artístico e Secretário de Cultura de Pirai.
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